segunda-feira, agosto 27, 2007

HP (Hewlett-Packard) NUNCA MAIS...




Caso me tivessem avisado, quando comprei a minha impressora HP (Hewlett Packard) Deskjet 3650 há quatro anos, na Fnac, no CC Colombo, que certo dia seria impossível conseguir adquirir um novo e simples cabo de ligação à corrente, não acreditaria !
Mas é verdade !
E que odisseia !
E nada de cabo!
Reparem nos meandros ”estranhíssimos” (uso esta expressão à laia de eufemismo...) da “estratégia” HP, considerada uma das maiores empresas mundiais na área informática e derivados, com sede nos Estados Unidos, em Palo Alto, Califórnia. Lá, não sei como lidam com o consumidor, Mas aqui, em Portugal, já vos conto.
Foi assim.
Pretendi comprar um novo cabo adaptador de alimentação, para a impressora, dado que o “antigo” (com 4 anos????) entrou em colapso, sabem lá os deuses porquê! Se havia aquirido impressora e demais componentes na Fnac, lá fui à Fnac, claro, convicto que simples e pindéricos cabos de ligação HP não faltariam ali, no local onde montanhas de sofisticados e variados equipamentos completos HP... esses não faltavam.
Não havia.
O empregado disse que cabos de ligação não tinham. Só perguntando na HP (até me deu o número de telefone e foi um pau; pau igual, de resto, à cara mais enfastiada arvorada pelo homem) Na FNAC – disse enquanto já fugia lá para dentro - só tinham os cabos alimentadores...com as impressoras!
Percebi.
Mais tarde, em casa, liguei o tal número, 808 201 492. Era sexta feira, meio da tarde, havia de conseguir facilmente da HP (uma das maiores empresas mundiais com publicidade a rodos também em Portugal e auto-elogios, até no saco de Expresso, aos seus apregoados desempenhos de excelência para servir o cliente) uma mísera informação sobre onde me dirigir para comprar um mísero...cabo de ligação.
Não. Erro.
Nem pensem que consegui.
Isto não é tão “simplex” como se julga! Há que fazer jus ao grande Plano Tecnológico, do tal tipo!
Do 808 201 492 ouvi dezenas de gravações, dúzias de hipóteses para escolher uma de inúmeras teclas e carregar nas ditas, vozes registadas em pc, músicas estranhas, ordens, alternativas, inclusivamente o endereço da HP na internet. Mas nada que tivesse a ver com as minhas pretensões. Ainda assim, escolhi a tecla de uma solução parecida. Tonto! Sou mesmo um optimista! A esta hora, se não tenho desligado o telefone para ir jantar, quase inanimado pela espera, ainda lá estava roncando ao sabor daquela música, da Enya, que fornecem certamente para a malta adormecer logo e desistir. Vá lá: hoje posso jurar ter esperado tanto tempo que, pelo menos, decorei a canção toda: compassos, letra, ritmos, instrumentos utilizados e até as vezes que a cantora fungou no decorrer da gravação.
E já eram 20 horas.
Acabei por entrar no site da HP, na Internet. Em desespero.
Tal como nas gravações telefónicas, havia por lá tudo e mais alguma coisa, menos o que eu precisava. Mas não faltavam, claro, os costumeiros auto-elogios aos seus apregoados desempenhos de excelência para servir o cliente, de todas as maneiras e feitios, em páginas de elaborado grafismo mas duvidosa eficácia. A certa altura descobri que indicavam uns “parceiros” (seriam o que se chama de representantes?) onde se poderia comprar material HP!
Porra! Finalmente.
Escolhi uma das empresas indicadas, a Staples, aberta até às 22 horas, meti-me no carro e fui descansadinho. Agora sim. Um simples cabo de ligação, para a Staples (como anunciam, há anos, em gritantes e patéticos anúncios radiofónicos), era “trigo limpo”.
Não era.
Na Staples como na Fnac, na Vobis como na Worten (ou como em mais meia dúzia de outras empresas, “partners” da HP”, para onde já hoje, segunda feira, dia 27, telefonei à procurei do dito cabinho), cabos de ligação não tinham! Só se fossem agregados às impressoras! Claro. Percebe-se. Cabos solteiros...só perguntando na HP, alertaram. E mais um número, 21 316 41 64. Pois! Sabia esse rumo, obrigado. Até começava a entender da coisa. E, já agora, então as ditas directivas do sector que obrigam a ter componentes e acessórios para os equipamentos representados? heim? heim?
Pois.
À cautela pedi o livro de reclamações onde lhes deixei educadas sugestões. (acreditem que foram educadíssimas, até tenho aqui a cópia; mas não foi fácil conter-me)
Em casa tentei acalmar-me. E hoje, como disse, logo pela manhã voltei aos contactos com a HP e suas “partners” – pelo telefone e pela internet. Ao longo de três horas apanhei com uma amálgama de confusão de "homes" e "clique em baixo", tudo em lindas soluções “webdesign”, música chata, sem esquecer as más respostas das poucas vezes que consegui entender uma voz que não fosse gravada. E - juro solenemente - já nem suportarei ouvir canções da Enya nos próximos sete anos sem chamar a Protecção Civil!
E no fundo, pobre de mim, mísero consumidor, só queria saber uma coisinha simples, porra! Tão simples, gaita!
-Por favor, onde poderei comprar, em Lisboa, um cabo de ligação para a minha impressora HP?

3 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Que maravilha! Já me ri um bocado, ainda que seja triste! Cá temos o Plano Tecnológico do senhor Sócrates em todo o seu esplendor, reverente e obrigado à ferocidade pelo lucro destas multinacionais! Isto são casos de polícia! Então a ASAE agora não actua?

Paula Sardinha

2:35 da manhã  
Blogger Unknown disse...

Tecnologias modernas...

Bil Gates anunciou em tempos o lançamento de um produto em parceria com a Hewlett Packard (HP) que vai permitir ao usuário a possibilidade de armazenar toda a sua informação em um dispositivo central e acessá-la de qualquer aparelho compatível com o Windows, incluindo o aparelho de MP3 Zune, o Xbox, PCs e telefones móveis..."Que fixe!!!!"

Á medida que a tecnologia avança, parece haver uma possibilidade cada vez maior de bloquear praticamente todas as saídas. Essa hipótese é reforçada pelo emprego da palavra grega dunétai – "possa" (Ap 13.17), que é usada para transmitir a idéia do que "pode" ou "não pode" ser feito. O Anticristo não permitirá que alguém compre ou venda se não tiver a marca, e o que possibilitará a implantação desta política será o facto da sociedade do futuro não usar mais o dinheiro vivo como meio de troca. O controle da economia, ao nível individual, através da marca, encaixa-se perfeitamente no que a Bíblia diz a respeito do controle do comércio global pelo Anticristo, delineado em Apocalipse 17 e 18......
Ao longo da história, muitos têm tentado marcar certos grupos de pessoas para o extermínio, mas sempre houve alguns que conseguiram achar um meio de escapar. Estamos numa sociedade de dinheiro electrónico com pesadas taxas de juro canalizando-nos cada vez mais para a utilização de Pc's e assessórios que nos condicionam a nossa qualidade de vida ( o pobre do Tonecas Pintassilgo nem jantou, perdeu horas de uma linda tarde de sexta-feira à procura de um simples cabo de ligação e foi levado a esquecer (momentâneamente) que a Vida é algo de maravilhoso e de que não vale a pena perdermos-nos no emaranhado de uma sociedade de consumo que nos escraviza se não tomarmos cuidado!
P.S.
Pequeno tentativa de conselho "inocente"
marcas brancas experimentou procurar?......que se "lixe" a HP!!!! (quem não tem cão caça com gato) .

2:01 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Fantástico! O pior é que onde se lê HP poderiam constar inúmeras outras marcas...

12:30 da manhã  

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