Saloiice; dos dois lados
Cá temos o regresso anual da saloiice, na forma de aglomeração mastodôntica de tubos metálicos, parafusos e esperteza publicitária; a mesma que alguns apressados tontinhos logo qualificam (excitadíssimos com mais esta grande "vitória nacional" depois da "maior feijoada", em 98, na Ponte Vasco da Gama) como "a maior árvore de Natal da Europa". E desta vez, ó deuses, na belíssima e até agora substantivamente elegante cidade do Porto. Ainda por cima trata-se de publicidade a um Banco que nos tem brindado com atitudes e acontecimentos verdadeiramente pouco recomendáveis. E a questão nem está na árvore, embora de gosto discutível; a questão está na mediática abordagem, tão provinciana, tão pacóvia, tão redutora.
Maior quê..da Europa?
Maior índice de leitura de livros ? Maior desenvolvimento económico ? Maior grau de participação, civismo e cidadania ? Maior aproveitamento escolar ? Maior taxa de literatos ? Maior número de qualificações profissionais ? Maior e mais capaz rede de saúde ? Maior eficacia e universalidade da Justiça ? Maior resultado na defesa do ambiente e da qualidade de vida ? Maior nível europeu de aprovações em matemática e na língua nacional ? Maior número de visitantes de museus, exposições, concertos ? Maior universidade ? Maior laboratório de investigação científica ? Maior rede de apoio e segurança à velhice ? Maior rede de pré-escolar e infantários oficiais? Maior conjunto de creches nos locais de trabalho dos cidadãos ? Maior igualdade de oportunidades ? Maior número de condutores/automobilistas sem um único acidente rodoviário ? Maior sucesso no combate à corrupção, à fraude, à evasão fiscal ? Maior indíce de segurança de pessoas e bens ? Maior...
Não é isso?...
Ah, pois: A maior árvore de Natal da Europa. Como antes foi a maior feijoada. Sim. E então?
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