JACARANDÁS

Um gajo olha à volta, espreita encenações e (in) decisões governamentais, pasma com o grande circo do chamado "maior partido da oposição" e finalmente, por volta da meia noite, deita as mãos à cabeça. Sinais de esperança só aqueles, dos jacarandás. Por isso, com a vénia devida, aqui vos deixo, a propósito, alguma palavras do António Barreto:

"Esta foi a semana em que a flor dos jacarandás voltou à cidade! Os primeiros a florescer, tímidos, apareceram no Rato (mão amiga me levou lá!) em Belém e na Av. D. Carlos I. Mesmo previsíveis, as rotinas e as repetições têm destas coisas. Umas, como as comemorações oficiais do 25 de Abril, são cada vez mais maçadoras e destituídas de sentido. Outras, como a floração anual dos jacarandás, anunciam, com alegria, o eterno recomeço"

(António Barreto, PÚBLICO, 27.04.08 - foto maior: PFM)