domingo, setembro 21, 2008

O EXEMPLO DE EANES

Sob o título acima escreve o jornalista Fernando Madrinha (jornal EXPRESSO de 20-09-08, página 09 http://clix.expresso.pt/) o que abaixo se transcreve. Como são raros (ou raramente noticiados...) exemplos assim, de grande carácter e honestidade à prova de bala, entre a chamada classe política e zonas limítrofes, aqui fica o registo. Claro que os "outros" também leram isto no Expresso de sábado; olha para eles, ali, a assobiarem para ar...
"Um milhão e 300 mil euros é muito dinheiro. Haver quem prescinda de uma tal quantia, tendo direito a ela, eis o que não pode deixar de ser registado. Trata-se, além disso, de dinheiro do Estado. E o dinheiro do Estado, sendo dinheiro de todos, é muitas vezes encarado como dinheiro de ninguém, assim se condescendendo ou desculpando os abusos em que se traduzem muitos privilégios. Perante a questão de receber ou não os retroactivos de uma reforma que não lhe foi paga durante décadas, mas à qual lhe foi reconhecido o direito, o ex-Presidente da República Ramalho Eanes disse que não. Quantos portugueses na mesma situação - não digo já quantos políticos, como foi Eanes - prescindiriam de tanto dinheiro?"
(Nota de tonecaspintassilgo):
Quantos? Pelo menos, assim de repente, eu recordo-lhe já um, caro Fernando Madrinha. Um que talvez lhe tenha escapado na altura: António Guterres, Primeiro-Ministro de Portugal nos XIII e XIV Governos Constitucionais, que em 2002, terminado o desempenho dessas funções e regressado ao seu antigo emprego, no então IPE- Instituto de Participações do Estado, recusou depois, na sequência da extinção desse organismo, uma milionária indemnização por parte do Estado! Lembra-se, Fernando Madrinha? Ou nessa altura havia ruído a mais, tantos os assobios de circunstância?...

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4 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

¿Pedro Solbes? ¿Carmen Calvo?

2:13 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

É de louvar essas actitudes...e de lamentar que não haja por parte dos jornalistas/critícos um trabalho prévio de pesquisa antes de redigirem um artigo...
Gostei deste post, pois não fazia ideia, como tantos Portugueses destes actos de desprendimento por parte de pessoas que abdicaram de algo que por direito lhes pertencia.
Um bem haja para eles!

10:13 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Caro Tonecas

Há jornalistas??? que têm a memória curta e então quando é para lembrar o que ex-primeiro ministro e actual Comissário da ACNUR fez, a memória desaparece.

Até o Alberto João na Madeira fez agora aos preços dos combustíveis o que o Engº tinha já feito em 1999/2000 quando da vaga de aumento do preço do petróleo.
Um abraço
PFM

1:50 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Ups!...o post aí em cima ficou com gralhas,não foi revisto. O que vale é este:

São de louvar essas atitudes. E de lamentar que não haja, por parte dos jornalistas/críticos, um trabalho prévio de pesquisa antes de redigirem um artigo.
Gostei deste post, pois não fazia ideia, eu como tantos portugueses, destes actos de desprendimento por parte de pessoas que abdicaram de algo que por direito lhes pertencia.
Um bem haja para eles!
(Sara Rocha Cardoso)

7:15 da tarde  

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