segunda-feira, janeiro 30, 2006
domingo, janeiro 22, 2006
O PRAZER DE EXERCER...
Bom, não me posso atrasar, nem ficar toda a tarde aqui no blog. Tenho de ir exercer !... Porque todos não somos demais neste grande desígnio nacional:
levar a Joana Amaral Dias à segunda volta.
Só é pena ela ter aquele assessor chato que nunca se cala nem nada, nem a deixa falar, nem chegar à frente, nem abanar os cabelos loiros, nem fazer brilhar os pestanudos olhos, nem mostrar a marca dos jeans; é aquele senhor gordinho e simpático, de bochechas .
DEVER CÍVICO...
Não sei se viram, mas o lugar-comum apareceu ainda agora nas televisões. De resto ele é hoje totalmente rei e senhor, independentemente de nunca "arredar pé" das pantalhas, diariamente...
Mas hoje é pior, insisto: o lugar-comum vem acompanhado pela banalidade e pelo bocejo, aquele assessor pequenino, sempre aos pulinhos...
terça-feira, janeiro 10, 2006
UM DIA, AS CAMPANHAS SERÃO ASSIM...
"Deslizo no teu dorso sou a mão do teu seio
sou o teu lábio e a coxa da tua coxa
sou nos teus dedos toda a redondez do meu corpo
sou a sombra que conhece a luz que a submerge".
(António Ramos Rosa in Antologia Poética)
"Dizia `te amo mais que tudo´ no meio do almoço,
dizia no cinema, no supermercado, na frente dos outros;
eu achava estranho ela dizer isso a toda a hora,
mas acabei por me acostumar..."
(Chico Buarque in Estorvo)
"Não falei contigo
com medo que os montes e vales que me achas
caíssem a teus pés...
Acredito e entendo
que a estabilidade lógica
de quem não quer explodir
faça bem ao escudo que és...
Saudade é o ar
que vou sugando e aceitando
como fruto de Verão
nos jardins do teu beijo...
Mas sinto que sabes que sentes também
que num dia maior serás trapézio sem rede
a pairar sobre o mundo
e tudo o que vejo...
É que hoje acordei e lembrei-me
que sou mago feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
Nela te pinto nua
numa chama minha e tua.
Desconfio que ainda não reparaste
que o teu destino foi inventado
por gira-discos estragados
aos quais te vais moldando...
E todo o teu planeamento estratégico
de sincronização do coração
são leis como paredes e tetos
cujos vidros vais pisando...
Anseio o dia em que acordares
por cima de todos os teus números
raízes quadradas de somas subtraídas
sempre com a mesma solução...
Podias deixar de fazer da vida
um ciclo vicioso
harmonioso do teu gesto mimado
e à palma da tua mão...
É que hoje acordei e lembrei-me
que sou mago feiticeiro
e a minha bola de cristal é folha de papel
Nela te pinto nua
Numa chama minha e tua.
Desculpa se te fiz fogo e noite
sem pedir autorização por escrito
ao sindicato dos Deuses...
mas não fui eu que te escolhi.
Desculpa se te usei
como refúgio dos meus sentidos
pedaço de silêncios perdidos
que voltei a encontrar em ti...
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro...
...nela te pinto nua
Numa chama minha e tua.
Ainda magoas alguém
O tiro passou-me ao lado
Ainda magoas alguém
Se não te deste a ninguém
magoaste alguém
A mim... passou-me ao lado".
(Toranja in Esquissos)
"How I wish
How I wish you were here
we´re just two lost souls
swimming in a fish bowl, year after year
running over the same old ground
what have we found?
The same old fears
wish you were here".
(Waters/Gilmour in Wish You Were Here)
NA "MOUCHE"
"Começa hoje (ou amanhã?) a campanha presidencial. Até hoje (ou amanhã?) foi a `pré-campanha´ presidencial. Começa exactamente na altura em que Portugal inteiro está farto dela, pior ainda, exasperado com ela. Já ouvimos dez, 20, 30 vezes tudo o que os candidatos têm para nos dizer, que não é nada..."
"...Os candidatos declaram alguns desejos para o futuro da Pátria, na maioria fantasiosos, quando não francamente imbecis, e a Pátria, com sua longa experiência, não toma nota..."
(Vasco Pulido Valente, in Público - 9.Jan.2006)
segunda-feira, janeiro 09, 2006
"DÓI; COMO A MORTE DEVE SE CALHAR DOER..."
"Dói; como a morte deve se calhar doer....". Era um princípio de frase, durante uma entrevista de Ian McEwan, o tal de "Amesterdão", Booker Prize 1998, a propósito de quem nos deixa, ou de quem nós deixamos que nos deixe...
E Natália Correia, em "Mátria", sabe, como ninguém, mostrar o momento:
"Despedida:ave encravada
numa lágrima de alumínio"