quinta-feira, dezembro 20, 2007

O PRINCIPEZINHO


"...e então (o principezinho) voltou para o pé da raposa e disse:
-Adeus...
-Adeus - disse a raposa - vou-te contar um segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos...
-O essencial é invisível para os olhos - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.
-Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante.
-Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer."

(in "O Principezinho", de Antoine de Saint-Exupéry)

quinta-feira, dezembro 13, 2007

SIRENE EM POTÊNCIA...


Muita gente assistiu hoje pela televisão (e sobretudo ouviu até ao mais insuportável horror) a disparatada gritaria da "cantora" Dulce Pontes, cerca das 13 horas, directamente do Mosteiro dos Jerónimos, no encerramento da Cerimónia de Assinatura do Tratado de Lisboa !
Que tratado, sim, mas o da rapariga Dulce aos berros e aos gorjeios lancinantes; ela a quem um dia alguém certamente convenceu que cantar era gritar e resfolegar até à apoplexia, qual sirene de ambulância bombeiral a caminho do desastre !
Mas a senhora não enxerga????
Porque não se limita a tentar cantar (mas saberá? sem usar os berros?)
Por mim dispenso. Prefiro quem canta mais com a alma do que com o pulmão!
Chiça !!!

Blogger AR said...

Só por acaso não concordo muito, mas a caricatura está deliciosa. Pooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooovo que laaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaavas no rio!!

Blogger elisa day said...

Gostei especialmente do lenço com farripas amarrado à cabeça, ao melhor estilo maluquinha de serviço. A voz, aliás, condizia...

10:19 PM

segunda-feira, dezembro 10, 2007

SÓ À MARTELADA...




Já viram as imagens da nova estratégia para promover Portugal no mundo?


O plano foi hoje apresentado oficialmente, com parola pompa e patética circunstância. Vi na televisão a reportagem e não há, obviamente, nada a dizer quanto à ideia; desde que acabem, entre muitas outras pragas há muito conhecidas, com certos hábitos taxistas de, tendo estrangeiros a bordo, fazerem uns demorados "desvios" estratégicos nos percursos entre aeroportos e hotéis. Aqui temos pois, de resto, uma excelente maneira de receber os turistas e demais "partners", afinal os alvos da promoção...
Mas totalmente desconexos com as afirmações do Sr. ministro da Economia (essa figura que muitos já temiam ter porventura desaparecido em combate...) são os cartazes promocionais! Fala o homem que a campanha vai transmitir uma nova imagem de Portugal, cheia de modernidade, dinamismo e energia, alegria e juventude e que vemos nos cartazes? Pelos menos naqueles que a televisão hoje mostrou e, ainda por cima, ao som do "fado da desgraçadinha" narrando mil tragédias e cataclismos ?
Isto:
De Cristiano Ronaldo a Mariza, de Mourinho a Vanessa Fernandes e a uma jovem investigadora (arranjada por certo à última hora para o indispensável toque intelectual/científico) nem um ou uma sequer, NEM UM OU UMA, repito, teve instruções superiores para sorrir!...
Nada.
Nem um sinal disso, por leve que fosse. Estão todos com uma cara desgraçada, cara de chateados que nem uns perús, como se lhes tivessem caído em cima todas as desgraças do mundo!...( bem que vivem em Portugal, ou vêm muitas vezes até cá, caramba! Por isso a malta aqui até entende aquelas carantonhas...) Mas ou eu ouvi mal, ou o ministro e demais acompanhantes diziam que agora sim, iriamos "vender" alegria, dinamismo, juventudo, modernidade?
Assim? Com aquelas caras de enterro?
Ou a campanha não é esta...ou o ministro não é este!..

Blogger AR said...

Há normas que tutelam o consumidor, também em relação a publicidade enganosa/mentirosa. Que seria se a imagem de Portugal lá fora fosse a de um país extrovertido, bem disposto, optimista, e os turistas percebem depois - tarde demais para pedir reembolsos - que não é bem assim? É que lá fora há Tribunais que julgam mesmo e depressa. Capaz de ser o Estado Português condenado em alguma indemnização que arruinasse o défice tão certinho que temos/pagamos.
Nada melhor, portanto, que publicitar o país com aquelas carantonhas. Os turistas que venham, mas não ao engano.

12:12 PM

sábado, dezembro 08, 2007

SIMPLEX...




CIMEIRA EURO-AFRICANA, sexta-feira, dia 7 (notícia semanário SOL/agência) LUSA)

*"As trocas de nomes e de cargos e as ausências temporárias do protocolo foram uma constante ao longo da cerca de hora e meia que demorou a chegada das diferentes delegações ao Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações, em Lisboa.
*O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação português cumprimentou dirigentes políticos que não foram anunciados ou surgiram trocadosSob a conhecida pala do arquitecto português Siza Vieira chegaram numerosas viaturas e autocarros de turismo de luxo, que, nalguns casos, transportavam apenas meia dúzia de passageiros, alguns deles chefes de estado, como aconteceu com o Presidente de São Tomé e Príncipe, Fradique de Menezes.
*Inicialmente, poucos ou nenhuns eram os jornalistas que conheciam as caras dos convidados e o protocolo de Estado português só começou a anunciar os nomes cerca de meia hora mais tarde, altura em que o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação português, João Gomes Cravinho, compareceu na sala de entrada do pavilhão, com uma ala destinada aos fotógrafos, para receber os visitantes.
*Por vezes desorientado face à falta de informação, Gomes Cravinho ria-se juntamente com os repórteres fotográficos, que, insistentemente, lhe pediam que apertasse as mãos aos convidados de frente para as câmaras, o que raramente aconteceu, dado a velocidade a que entravam.
*Nalguns casos, o governante português, que, de mãos atrás das costas, deambulava para trás e para a frente, desconhecia mesmo quem cumprimentava, uma vez que o membro do protocolo, que surgia rapidamente e desaparecia ainda mais depressa, se esquecia ou não estava presente para anunciar o visitante.
Tal, porém, era desnecessário quando surgiam algumas caras mais conhecidas, como no caso dos presidentes zimbabueano, Robert Mugabe, a quem Gomes Cravinho apertou a mão sem que o mais polémico chefe de estado presente na cimeira de Lisboa o olhasse de frente.
*Depois de cumprimentarem Gomes Cravinho, os participantes na cimeira entraram na sala da recepção, vedada aos jornalistas, onde foram recebidos pelo primeiro-ministro português, José Sócrates, e pelo Presidente do Gana, John Kufuor, ambos na qualidade de presidentes em exercício da União Europeia e da União Africana, respectivamente.
*Impossibilitados de confirmar os nomes de todos os políticos africanos e europeus menos conhecidos ou mediáticos, os jornalistas tentavam perceber quem chegava, sem que o protocolo, que prometera uma listagem com as caras e cargos dos diferentes dirigentes dos dois continentes, pudesse ajudar. Entre os mais conhecidos, e além Mugabe e de Fradique de Menezes, este último bastante animado, entraram sucessivamente o primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, e os presidentes da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, do Gabão, Omar Bongo, de Moçambique, Armando Guebuza, do Sudão, Omar El-Bashir, e da Guiné-Bissau, João Bernardo Nino Vieira, curiosamente a última personalidade a chegar à recepção, quando Gomes Cravinho tinha já abandonado o seu lugar «para comer um croquete».
Lusa / SOL