SIR WINSTON CHURCHILL...

Dizia Sir Winston Churchill:
"Fico facilmente satisfeito com o melhor..."
E - sempre refinadamente irónico - quando lhe perguntavam a razão da sua extraordinária longevidade, respondia:
"À ginástica, que nunca pratiquei..."

INACREDITÁVEL...

Será que, afinal, os tipos do "Governo" andam mesmo a gozar com as pessoas?...
Então não encontram mais nenhum sector para ir buscar dinheiro que às pensões de reforma? É que se "falta" dinheiro onde não devia faltar, a culpa não é da malta!... A culpa, senhoras e senhores, é, apenas e só...dos "desgovernos"...
Vejam este "Governo", por exemplo, que não se cansa de NOS alertar para os sacrifícios que NÓS temos de fazer por causa da situação económica do país...
Desculpem se me escapou alguma coisa, mas, insisto, quem, SE NÃO OS GOVERNOS QUE TEMOS TIDO, conduziu o país a esta situação ?
E agora têm o desplante de pedir sacrifícios até a reformados e pensionistas ???
Onde chega o despudor!...
Qualquer dia pedem sacrifícios aos sem-abrigo, aos 2 milhões de pobres abaixo do limiar da simples sobrevivência, aos cegos, surdos e mudos, aos internados em lares e abrigos nocturnos de recurso, aos doentes amontoados em corredores de hospitais... (os cães vadios que se ponham a pau...)
Sacríficios ? Mas sempre aos mesmos????...


Claro que as soluções estão à vista de todos:

Por acaso o "Governo" já imaginou os milhões que pouparia se acabasse, e JÁ, com a descomunal frota de automóveis de luxo ao serviço de ministros, secretários de Estado, chefes de gabinete e adjuntos, assessores e consultores, deputados, directores-gerais, bem como de administradores, directores, sub-directores e coordenadores de empresas públicas e outras instituições do Estado?
Então o "Governo" ignora que, em certas empresas estatais, as "toneladas" de carros de luxo e não luxo, de quadros altos, médios, pequenos e assim-assim, dão mais despesa que propriamente as frotas de operações e trabalho ?...Obviamente que bastaria apenas um carro de "prestígio"; e só para ministérios. O resto, ou se mudava a lei para acabar de vez com a escandaleira (então não querem austeridade e sacrifícios???) ou não haveria carros de "serviço" acima dos 10.000/10.500 euros!...
Então o "Governo" ignora as fortunas que anda a pagar, nesses mesmos sectores, em faustosas mordomias para "subsídios" de representação, vestuário, alimentação, deslocação, transportes, decoração sempre renovada de gabinetes, etc, etc ?


Então e as dívidas, de milhões e milhões de euros, dos clubes de Futebol, ao Fisco e à Segurança Social ?
Então e a despesa colossal (construção incluída) com os malfadados DEZ novos estádios de futebol?
Então e os muitos milhões de crédito mal parado?
Então e as quase 50 por cento das empresas que declaram apenas prejuízos?(coitadinhas)
Então e os milhares de outras que, para beneficiarem de vantagens fiscais, registaram a sede na Região Autónoma da Madeira ? E as que o fazem, também, em outros e bem conhecidos paraísos fiscais ?
Então e a dívida monumental, dessa mesma região, ao orçamento do país?...
Então e os milhões de profissionais liberais (não todos, claro..) que declaram ganhar apenas (coitadinhos também ) o ordenado mínimo ?
Então e as empresas, a banca, os seguros, com lucros astronómicos e sem tributações correspondentes ?
Então não nos tomem por parvos. Por favor e acima de tudo: não nos tomem por parvos.

UM PAI...

Um pai, quando foi levar o filho à escola, falou com o professor apenas para lhe pedir uma coisa:

"Não se esqueça de lhe ensinar que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas, por favor, diga-lhe que por cada vilão há um herói, que, por cada egoísta, há também um líder dedicado. Ensine-lhe que por cada inimigo haverá também um amigo, ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada, ensine-o a perder, mas, também, a saber gozar a vitória, (...) faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros do céu, as flores do campo, os montes e os vales. (...) Ensine-o a acreditar em si próprio, ainda se sozinho contra todos.(...) Ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram. Ensine-o a ouvir todos, mas, na hora da verdade, decidir sozinho. Ensine-o a rir quando está triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram. Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só, contra todos, se ele achar que tem razão".

(Quem fez este pedido ao professor do filho, há 176 anos, foi o 16º Presidente dos Estados Unidos da América, Abraham Lincoln).

PURA DEMAGOGIA...

(Secretário de Estado não se sabe bem de quê - nem sequer se sabe quem é o gajo... - fotografado no momento em que tomou conhecimento da decisão governamental... )

O "governo" - entre aspas por ser, obviamente, um eufemismo - anunciou (e temos sempre a sensação que passa a vida a anunciar o... anúncio... ) que os ministros, secretários de Estado, chefes de gabinete, directores-gerais, assessores para todo o serviço e até a menina Leocádia, da secretaria, vão passar a viajar em classe turística nos voos pela Europa!!
Uma medida, diz quem sabe, destinada a reduzir os gastos com as deslocações oficiais...
E uma medida, diz também quem sabe, surgida de repente, tipo milagre, gritada reverentemente por "jornalistas" descomprometidos (!) no dia seguinte ao escândalo dos 119 deputados que, no Parlamento, assinado que estava o livro das presenças, já deslizavam porta fora a caminho da terrinha para as férias da Páscoa!...
Mas estes tipos acham que somos todos parvos??
Além disso, se querem poupar nos gastos e moralizar a coisa, um dia destes o TonecasPintassilgo dará umas ideias que abrangem a máquina do Estado e também conhecidas empresas públicas; será uma bomba!
Agora esta medida não! Esta é um perfeito disparate, pois, envolvendo quem tem todo o direito, e, sobretudo, necessidade profissional de viajar em classe executiva, revela ter sido tomada por pura demagogia, tentando fazer de nós parvos...


(Também a menina Leocádia, da secretaria - foto junta - manifestou todo o seu apreço pela decisão governamental...)

ALEGORIA REPETIDA...

(Fui lá dentro buscar mais um chá de canela e já volto; não deixem "fugir" o livro, por favor...)

É PARA O DÉFICE ?...

O Pavilhão do Futuro, que, durante a Expo/98, foi um hino à inteligência, à curiosidade e ao saber - uma autêntica jóia, como escrevia António Barreto este domingo no jornal PÚBLICO - passou a casino. E daqui a quinze dias será inaugurado como Casino de Lisboa. "É a economia, estúpidos"... (será mesmo?...)
(Consta até que o senhor Primeiro-Ministro, levando na manga mais um plano de promessas miraculosas para apresentar aos portugueses, e, aconselhado pelos seus magníficos consultores de comunicação, aproveitará a saída do primeiro "jackpot" para mostrar como, afinal, se pode combater o défice...)

TV MARCELO - reparações na hora...

Esta noite, na RTP-1, na emissão "As escolhas de Marcelo", já tivemos o privilégio de ver uma jornalista - Maria Flor Pedroso - à conversa com o professor Marcelo Rebelo de Sousa. Onde antes se sentava aquela senhora loura, de caracóis, esteve esta noite uma jornalista. Atenta e rigorosa, actuante qb, informada, de postura quase perfeita face ao interlocutor e aos objectivos do espaço/comentário, voz impecável e colocada no nível mais indicado, Maria Flor Pedroso conferiu logo outro "ar" ao programa. Até o professor Marcelo parecia outro, mais vivo, mais estimulado e estimulante, mais objectivo, menos disperso, de exposição muito mais interessante; e, naturalmente, com a inteligência, o saber e a acutilância de sempre, sobretudo quando quer levar a água ao seu moinho...
A RTP por vezes acerta nas "reparações"...

LIXO...

"Há nomes de luxo onde o lixo arde - bouças chamejantes.
Medo é a palavra exacta nas travessas quando bandos circulam protegidos
pela finança alta e licenciada. Se ele diz que há cavalos e cães
e fala dos doutores, esquecem que no fundo era o mercado.
O país ergue-se em peões e os baldios em chamas. Volta ao restolhar do milho
e camponeses dizem da lavoura, da fome e da calúnia.
Basta olhar os murais onde esse luxo se transformou no lixo capital"

(Eduardo Guerra Carneiro, in "LIXO", edição &etc)